(Verso 1 - Rashid) Anos e anos no deserto, com pouca esperança quase nenhuma Incerto, depositei o peso da minha cruz na leveza da escrita de uma pluma
Abram-se os mares que eu quero passar! Pique Hamilton, com mil tons de cinza no olhar Porque será que a corrente dos irmãos causa aversão Mas a nos pés dos meus ancestrais, não? Ás em ação no fonema Pra incomodar os "comédia", igual o Sabotage no cinema Roubando a cena, apenas fatos Pagando o pato enquanto vocês brincam de Pôncio Pilatos Ratos! Vi os grilhões e sermões dos senhores que fizeram tantas nações de cobaia Pregando humilhações mas se o mundo presta congratulações a miséria eu prefiro a vaia To tipo more fire de Bob em Kaya Guiando a laia, permaneço de atalaia Sem riso frouxo pra humorista Que só se acha engraçado se fizer uma piada racista E dependendo do ambiente é assim Rashid o artista ou só mais um "pardim" Em vista a quantos iguais a mim Não pisam nem no jardim por não ter a cara na revista enfim Mas não se resolve um problema Se não se assume o problema Tipo Colônia em Barbacena Pondo os pingos nos I's, "chegamo" igual os pingos nos U's, trema! Difícil é amadurecer Seu ego não pode ser maior do que o que "cê" tem pra oferecer Eis a revolução interna A luta é longa mas a glória da vitória é eterna
(Refrão - coro) Êxodo, tire o peso dos Nossos ombros e Me ajude a sair daqui!
(Verso 2 - Rashid) Eis que a liberdade bota a cara em minha janela e diz "Você não pode ser escravo de ninguém, ouviu? Nem de si mesmo, ou de ideias antigas que não pertencem a um ser humano que evoluiu Pois pra se libertar é necessário reconhecer a prisão Afinal, falsa liberdade é a pior escravidão... "
Viemos de anos luz da melhora, de trilha sonora um Blues Marchando rumo ao topo, tipo o Jordan no Bulls Convivendo com o lixo, o luxo seria um plus Mas do que quebrar regras, queremos quebrar tabus Sem atalho, ao contrário do Protools Fazendo da voz um instrumento a la Babylon by Gus Entendem? "Cês" tão preocupados com a marra e eu com as amarras que nos prendem Vendem conceitos e pré-conceitos Teus carrinhos tão cheios e eles satisfeitos Mundão suspeito e precoce Ninguém mais quer fazer parte, quer tomar posse Quando eu vim de Minas Gerais Não foi porque era ruim, na verdade era bom até demais Mas algo me dizia e ainda diz Que era necessário mesmo, todo o sacrifício que eu fiz Sem grana ou conforto, o caminho mais torto sem farol ou porto Ninguém me responde Porque é indigesto vencer sendo honesto tão raro que o gesto Te torna um monge Cuidado que a pressa é que diz quem tropeça atento vou nessa Sabendo bem onde Ponho meus pés com firmeza, "morô"? Porque eu não quero chegar rápido eu quero chegar longe!
(Refrão - coro) Êxodo, tire o peso dos Nossos ombros e Me ajude a sair daqui!
Compositores: Fabio Luiz (Parteum), Michel Dias Costa (Rashid) ECAD: Obra #15404777 Fonograma #12261082