O que eu to vibrando por viver E ainda tenho tanto pra ver Sentindo que tudo que eu já vi É tanto e tão pouco É como se eu pudesse arrancar uma máscara E ver por um momento Um clarão mais adiante por trás de uma cortina escura E são quase quatro horas Tenho dor de cabeça Meu estômago embrulha Tenho dor nos olhos Dor de quem vê pouco e quer ver muito mais É que eu tô cansada de sentir Tanto desejo que há em todo olhar Mas em cada olho ainda esse olhar meio distante é que meus olhos pedem luz e os teus olhos espelham sol e você olhando pra mim de cima do muro, de cima do muro é como se eu pudesse arrancar uma máscara e ver por um momento um clarão mais adiante por trás de uma cortina escura e são quase quatro horas tenho dor de cabeça meu estômago embrulha tenho dor nos olhos dor de quem vê pouco e quer ver muito mais E você olhando pra mim de cima do muro, de cima do muro caminhando sem rumo, eu vou, eu posso ir eu me jogo, eu quero, eu vou quem sabe sem medo, eu ouço cada pegada não tem fim, isso não tem fim, só existem os meios e eu posso ir, eu quero ir, posso escolher me jogo e te dou um beijo no escuro.
Compositor: Rebeca Rodrigues Matta (Rebeca Matta) ECAD: Obra #2804157