AS LUZES DA CIDADE, O RONCO DO AUTOMÓVEL A PRESSA DE VIVER, A INCOMPREENSÃO A GENTE CAMINHANDO PELOS DESCAMINHOS COM TANTO DESAMOR E TANTA SOLIDÃO ABRAÇO MINHA NÊGA E MINHA VIOLA E FAÇO UM SAMBA TRISTE SEM EXPLICAÇÃO SÓ CANTAR EU CANTO PARA NÃO CHORAR
EU OLHO PRO MEU FILHO E FICO MATUTANDO PORQUE BOTEI NO MUNDO SEM LHE PERGUNTAR EU CHEGO NA JANELA E SINTO UM ARREPIO NOS DIAS DE AMANHÃ A VIDA O QUE SERÁ ACENDO MEU CIGARRO E OLHO PRA FUMAÇA EXISTE TANTA COISA QUE NEM SEI FALAR SÓ CANTAR EU CANTO PARA NÃO CHORAR
EU SAIO PROCURANDO UMA PALAVRA AMIGA ENCONTRO MAIS PERGUNTAS DO QUE SOLUÇÃO ENTENDO QUE A TRISTEZA É UMA COISA ANTIGA QUE SOU MAIS UM SOZINHO NESSA MULTIDÃO E SOLTO O PENSAMENTO FEITO UM PASSARINHO ATRÁS DE UMA ALEGRIA DE UMA INSPIRAÇÃO SÓ CANTAR EU CANTO PARA NÃO CHORAR
ÀS VEZES ME CONVENÇO QUE NÃO VALE NADA TER DENTRO DA CABEÇA TANTA CONFUSÃO PROCURO UM MODO NOVO DE LEVAR A VIDA EU PÁRO DE SONHAR E PONHO OS PÉS NO CHÃO E NO FIM DE SEMANA EU ESQUEÇO TUDO COM SAMBA, FUTEBOL, CERVEJA E VIOLÃO SÓ CANTAR EU CANTO PARA NÃO CHORAR
Compositor: Reginaldo de Souza Bessa (Reginaldo Bessa) ECAD: Obra #36500