Reinaldo

Espelho

Reinaldo

O Príncipe do Pagode


Nascido nos suburbios nos melhores dias
Com votos da familia de vida feliz
Andar e pilotar um passaro de aço
Sonhava ao fim do dia ao me descer cansaço
Com fardas mais bonitas desse meu país
O pai de anel no dedo e dedo na viola
Sorria e parecia mesmo ser feilz
Eh vida boa
Quanto tempo faz
Que felicidade
E que vontade de tocar viola de verdade
E de fazer canções como as que fez meu pai(bis)
Um dia de tristeza me faltou o velho
Que falta lhe confesso que ainda hoje faz
E me abracei na bola e pensei ser um dia
Um craque da pelota ao me tornar rapaz
Um dia chutei mal e machuquei o dedo
E sem ter mais o velho pra tirar o medo
Foi mais uma vontade que ficou pra tras
Eh vida boa
Vai no tempo vai
E eu sem ter maldade
Na inocencia de criança de tão pouca idade
Troquei de mal com Deus por me levar meu pai (bis)
E assim crescendo eu fui me criando sozinho
Aprendendo na rua, na escola e no lar
Um dia me tornei o bambambã da esquina
Em toda brincadeira, em briga em namorar
Até que um dia eu tive que largar o estudo
E trabalhar na rua sustentando tudo
Assim sem perceber eu era adulto já
Eh vida boa
Vai no tempo vai
Ai mas que saudade
Mas eu sei que lá no céu o velho tem vaidade
E orgulho de seu filho ser igual seu pai
Pois me beijaram a boca e me tornei poeta
Mas tão habituado com o adverso
Eu temo se um dia me machuca o verso
E o meu medo maior é o espelho se quebrar(bis)

Compositores: Paulo Cesar Francisco Pinheiro (Paulinho Pinheiro), Joao Baptista Nogueira Junior (Joao Nogueira)
ECAD: Obra #4232 Fonograma #557531

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