Nascido nos suburbios nos melhores dias Com votos da familia de vida feliz Andar e pilotar um passaro de aço Sonhava ao fim do dia ao me descer cansaço Com fardas mais bonitas desse meu país O pai de anel no dedo e dedo na viola Sorria e parecia mesmo ser feilz Eh vida boa Quanto tempo faz Que felicidade E que vontade de tocar viola de verdade E de fazer canções como as que fez meu pai(bis) Um dia de tristeza me faltou o velho Que falta lhe confesso que ainda hoje faz E me abracei na bola e pensei ser um dia Um craque da pelota ao me tornar rapaz Um dia chutei mal e machuquei o dedo E sem ter mais o velho pra tirar o medo Foi mais uma vontade que ficou pra tras Eh vida boa Vai no tempo vai E eu sem ter maldade Na inocencia de criança de tão pouca idade Troquei de mal com Deus por me levar meu pai (bis) E assim crescendo eu fui me criando sozinho Aprendendo na rua, na escola e no lar Um dia me tornei o bambambã da esquina Em toda brincadeira, em briga em namorar Até que um dia eu tive que largar o estudo E trabalhar na rua sustentando tudo Assim sem perceber eu era adulto já Eh vida boa Vai no tempo vai Ai mas que saudade Mas eu sei que lá no céu o velho tem vaidade E orgulho de seu filho ser igual seu pai Pois me beijaram a boca e me tornei poeta Mas tão habituado com o adverso Eu temo se um dia me machuca o verso E o meu medo maior é o espelho se quebrar(bis)
Compositores: Paulo Cesar Francisco Pinheiro (Paulinho Pinheiro), Joao Baptista Nogueira Junior (Joao Nogueira) ECAD: Obra #4232 Fonograma #557531