Ê moleque! Nascido e criado no morro com os pés no chão Que abrigou desde cedo o samba no coração Que sonhava em brilhar com a bola No pé como todo bom brasileiro Mas falou mais alto a paixão Pelo som do cavaco, tantã e pandeiro
Ê moleque! Fez da escola de samba O seu habitat natural Sempre ouvindo na velha Vitrola fundo de quintal Samba de almir guineto E mestre aniceto, marçal e candeia E as belas canções que nasciam Debaixo da tamarineira
Que ainda menino foi pra madrugada Conhecer os dois lados dessa caminhada Batendo de frente Até com a família Por causa do seu ideal Confiante o menino seguiu seu destino Vivendo entre o bem e o mal
Muitas vezes sem o dinheiro do pão Mas sempre com seu cavaquinho na mão E o sonho de ver o seu samba Brilhando na televisão
Esse moleque sou eu O que eu plantei floresceu Confesso não foi mole não Meu sonho quase se perdeu Prevaleceu minha fé E venha o que vier Sigo de cabeça erguida Nessa caminhada sofrida
Esse moleque sou eu Muito obrigado meu Deus E a todos que me deram a mão Toda essa luta valeu
Eu hoje canto feliz Salve os moleques de todo esse meu pais Eu hoje canto feliz Salve os moleques de todo esse meu pais
Compositores: Marcio Baptista dos Santos (Branco), Renato Baptista dos Santos (Renato da Rocinha) ECAD: Obra #22481276