Só quem vai na bola é do jogo, irmão Quem vem com fome não quer esperar Assim dizia meu amigo Jorge O sábio se ajoelha, também tem que rezar
Jorge era também Benedito ou Flávio ou qualquer nome que pudesse aplicar Vendia o Cristo, vendia bagulho e ouro ou qualquer coisa que ocupasse um lugar
A Jorge eu dei a minha primeira bola Foi a Jorge que tentei imitar Jorge sabia das coisas Todos conheciam a malandragem de olhar
Jorge era de bem com a vida, á toa Tinha charme e não podia esperar Desde moleque vi Jorge fazer história Só não tinha tempo pra trabalhar Não tinha, nenhum tempo pra trabalhar
Outro dia eu encontrei um camarada das antigas que me disse que a casa caiu Disse que Jorge provou aquela pedra do diabo E que foi tanto, que a vida engoliu
Perdeu a fama, perdeu a vaidade Perdeu todo aquele charme, malandro vadio Acabou numa miséria violenta Comprou arma e trocou tiro Até que alguém lhe atingiu
Que pena Jorge era malandro e não viu
Outro dia eu encontrei um camarada das antigas que me disse que a casa caiu Disse que Jorge provou aquela pedra do diabo E que foi tanto, que a vida engoliu
Perdeu a fama, perdeu a vaidade Perdeu todo aquele charme, malandro vadio Acabou numa miséria violenta Comprou arma e trocou tiro Até que alguém lhe atingiu