Renato Teixeira

Lusanave

Renato Teixeira

Um Poeta E Um ViolĂŁo


Era um dado
Era um dedo
Era um dia
Em Lisboa o Brasil principia

Foi Cabral que era um cara arretado
Que chegou por aqui outro dia
E fundou um paĂ­s de poesia,
JoĂŁes, Manueis e de mais calmarias

Carnavais de carnais alegrias
SĂŁo as carnes das nossas meninas
Que desnudam um paĂ­s de ĂĄguas claras
E aves raras

Era um dado
Era um dedo
Era um dia
Em Lisboa o Brasil principia

Em Coimbra destila-se o fado
Em SĂŁo Paulo calcula-se o saldo
Em BrasĂ­lia discute-se, sente-se, come-se, bebe-se, sabe-se tudo
Em Belém uma torre anuncia, partiremos daqui qualquer dia
Do outro lado do mar nos veremos, e aĂ­ seremos

Era um dado
Era um dedo
Era um dia
Em Lisboa o Brasil principia

Somos nada no meio do mundo
Somos tudo na soma de todos
Por que somos malucos, malungos, sentimentais demais acima de tudo
Lusanave amarela brasilis, vai singrando e soltando as amarras

No além-mar das paixÔes portuguesas, com certeza

Compositor: Renato Teixeira de Oliveira (Renato Teixeira)
ECAD: Obra #1601338 Fonograma #29398672

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