Renegado
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Mil Grau

Renegado


Mil Grau a rima ta no morro e no asfalto
Mil Grau a minha falange toma de assalto
Quem fecha comigo mãos pro alto

Mil grau (3x)

Os maluco sussurra na voz toca nos carros do boys
Renegado com flow os gambé se invocou
Pios com o MIC na mão eu curto minha missão
Autoconhecimento, informação aos meus irmão
Não adianta tentar me calar
Eu tenho uma missão e não vou parar
Sem drama já na nasci na lama
Não corro atrás de fama, ela corre atrás de mim
Zé polvinho me difama porque quando subo no palco eu unifico a favela e o asfalto
Em um só coro gritando meu nome
As armas que eu uso caneta, papel, microfone
Pra me defender pra poder lutar
Pra poder vencer pra poder ganhar
Nova referencia pros moleques da quebrada
Um negão com atitude que não deixa falha
Sem arma trago na rima o ódio o amor
Sou como Gandhi uma pacificador
Pois a rima tem o poder de mudar
Pois a rima tem o poder de transformar

Mil Grau a rima ta no morro e no asfalto
Mil Grau a minha falange toma de assalto
Quem fecha comigo mãos pro alto

Mil grau 3x

Na sutileza do olhar o guerreiro trava seu front
No entendimento de um sonho o poeta encontra sua fonte
Quanto mais sofrido mais bonito é seu verso
Quanto mais sentimento maestro rege o universo
Nessa vida irmão o que mais me entristece é o morro vira poesia de quem nem o conhece
Só quem vive parceiro é capaz de explicar a energia que habita nesse lugar
A tiazinha que aceita a guarda pra ganha seu pão
Correria pelas onça nas esquina né Jão
Pelas verde vi vários cair poucos subir
Satisfação de verdade quando os moleque sorrir
Trabalho por dinheiro
Canto por satisfação
Um pouco suspeito
No morro consideração
Entrei no jogo pra virar campeão
Pra minha coroa não precisar limpar mais chão

Mil Grau a rima ta no morro e no asfalto
Mil Grau a minha falange toma de assalto
Quem fecha comigo mãos pro alto

Vem Jão se envolve no corre quem corre e logo resolvo
Com argumento e não preciso de revolver (2x)

Rima atitude poder e poesia
Maluco já falei q o rap transforma vidas
Lero lero não me compra e não me iludo
Um neguinho comum agora e nobre vagabundo
E malandro de verdade tira onda na moral
Sempre ta no jornal no caderno cultura

Mil grau! é dar a volta por cima e de cabeça erguida encarar a vida
Moral! Mudaram as regras do jogo mais sempre mantendo vivo o conceito do morro
Normal! É cuidar da saúde da família porque tem muita gente cuidando da minha vida

Mil Grau a rima ta no morro e no asfalto
Mil Grau a minha falange toma de assalto
Quem fecha comigo mãos pro alto


By Felipe Millard

Compositor: Flavio de Abreu Lourenco
ECAD: Obra #3202781 Fonograma #1696842

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