Rey Biannchi
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Carnaval No Funeral

Rey Biannchi


CARNAVAL NO FUNERAL-

Estava vivo, mas fingi que tinha morrido,
sou um sambista de nome nacional,
mas não sabia quem eram meus amigos,
e inimigos queria descobrir,
então fingi que morri, anunciei a minha morte
em toda mídia, obituários, internet e revistas.
No cemitério meu enterro estava lindo,meus inimigos
e a critica sorrindo, da gravadora um diretor chorou,
se emocionou, quando viu o meu caixão,
pois sabia que as pesquisas indicavam
que eu venderia mais de um milhão,
e os meus amigos verdadeiros, estavam comigo rindo da situação.
Com minha morte virei culto nacional,
milhões de discos e manchetes nos jornais,
minhas canções não paravam de tocar,
e na TV fizeram um especial,
virei nome de rua na Central,
minha mulher foi deputada federal,
então eu resolvi continuar,e como morto eu virei superstar.
É carnaval no funeral,que emoção, pois como morto,
não pago mais imposto, não vou mais pro hospital,
e o principal é que no dia da eleição,
fico em casa tocando violão,
e no dia do meu pagamento eu deposito embaixo do colchão.
É carnaval no funeral, obrigado meu povão,
pois com a grana que ganhei quando morri
eu virei rei no país onde nasci.

Compositor: Reynaldo Bianchi Junior (Rey Bianchi)
ECAD: Obra #503534 Fonograma #454434

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