Ricardo Bergha
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O Doce do Mate

Ricardo Bergha


Erva velha, mate azedo
Erva nova, mate bueno
Pro azedo mate doce
É o melhor contra veneno

A chinoca me pergunta
Qual é o mate que desejo
Pode vir o que vier
Mas que venha com teu beijo

Cuia vai, cuia vem
Com a mão, faço a pinguela
E na bomba vem os lábios
Com sabor do beijo dela

Não importa minha sede
Pra matear com a querendona
E se o mate for dos buenos
Nunca seca uma cambona

Todo mate traz a prosa
Sendo doce, traz o amor
Se não queres mate azedo
Leve, ao menos, uma flor

Certa vez, um mate azedo
Foi o mais adocicado
Uma flor, eu dei pra ela
E um beijo foi roubado

Cuia vai, cuia vem
Com a mão, faço a pinguela
E na bomba vem os lábios
Com sabor do beijo dela

Não importa minha sede
Pra matear com a querendona
E se o mate for dos buenos
Nunca seca uma cambona

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