Prisioneiro do silêncio, assim nasceu inocêncio Sem alma e sem coração Nem sabe ao certo o que espera de braço aberto Seu interior é deserto, e os pés fincados no chão
Em seu açoite, esquecido dia e noite Condenado à solidão Sofre calado, cabisbaixo, ensimesmado Chapéu e poncho surrado e os pés fincados no chão
(Velho inocêncio, inocêncio velho Teu vazio já não espanta Velho inocêncio, inocêncio velho Só se colhe o que se planta)
Por toda vida o tempo lhe deu guarida Cultivando a plantação Cara judiada, dois olhos de ver o nada Vai cumprindo sua jornada, e os pés fincados no chão
Seu sobrenome com a quietude se consome Junto às horas de trabalho Nem sabe ao certo, o que espera de braço aberto Seu interior é deserto por ter nascido espantalho
Velho inocêncio, inocêncio velho Teu vazio já não espanta Velho inocêncio, inocêncio velho Só se colhe o que se planta
Compositores: Jose Ricardo Martins Moreira (Ricardo Martins), Afonso Machado Greco (Pirisca Grecco), Zeca Alves ECAD: Obra #37264909 Fonograma #31131713