Quando volto as casa num final de tarde, Venho assoviando uma coplita mansa; Meio “basteriado” pela dura lida Mas meu coração canta de esperança.
Sei que me esperam junto da janela... Dois olhos matreiros presos na distância -É a dona do rancho que sai porta fora Pra os braços rudes deste peão de estância.-
É um rancho posteiro num fundo de campo... Meu pequeno mundo que eu mesmo fiz; Como por encanto torna-se um palácio Pra prenda rainha que me faz feliz.
Esta prenda linda prendeu meu destino, Não sou mais teatino, veja o que ela fez E ao olhar seu ventre sei com ansiedade Que em breve no rancho, nós seremos três
Vou aumentar o rancho pois sou prevenido, Já tenho escolhido um pingo pra o piá, Vai ser meu parceiro pras horas de mate Maior alegria que está não há.
Quem tem o que tenho, vai me dar razão (De cantar alegre galopeando ao vento) A saudade é um chasque pra mulher amada Que me invade o peito, coração a dentro...
Compositores: Adair Rubim de Freitas (Adair de Freitas), Jose Ricardo Martins Moreira (Ricardo Martins) ECAD: Obra #221637 Fonograma #1434396