Rodox
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Três Reis

Rodox

Estreito


Queima de arquivo eu não acredito mas saí vivo
Eu até fico surpreso do ponto que eu parti
Até a lama que eu desci da mesma forma eu subi
(I'm free)
Tô aqui tô ileso, ligado e aceso
Mais leve porém dobrado no peso é a vida que escreve
Eu só ponho na balança
E quando o sangue ferve você não é mais criança
Nem eu sou mais o mesmo que canta
Eu dancei pela dança do mundo
Eu vi quase de tudo eu falei muito pra surdo
Joguei pérolas aos porcos e vi o que acontece
E quando o nível desce
E alguém faz da mentira um escudo
Hoje eu cheguei a conclusão é melhor viver sem pressão
É o que a própria vida ensina
Mas tem gente que em vida já morreu
Porque só aprendeu o que passou através da retina

Nascem, morrem, não dormem
Sem duvidar não sou digno de duvidar
Tem potência palavra que tem essência viva

A medida indica o abuso
É quando a fome vira gula
Um ciclo fechado põe corrente e cadeado
Convidado ou intruso
Aqui não temos bula
Que indique o modo de uso
Eu vejo o inimigo no espelho
Meu sangue no joelho serve para me lembrar
Que os vultos e vozes que chegam devagar
Inofensivos como coelhos
São piores que a serpente do mar
Sem palavra que conte a dor da pedrada
No fronte expressão de terror
O desfecho da cilada já tinha dia e hora marcada
Daquele horizonte eu não veria a cor
Sequelado talvez
Renovado no segundo mês
Sossegado por ser natural
Aprendendo com o próprio sofrimento
Sabendo que o mal pensamento
É uma arma letal

Se eu não mudar ninguém vai ver que
Eu me afundei bem sentindo a dor mais forte
Se eu não voltar se lembre bem que
Eu não sou ninguém sem teu amor

Mão no gatilho o disparo do inimigo
De pé eu não desisto tô vivo
Resisti
Todo mundo grita mas eu sei não é comigo
Sou surdo e não enxergo por isso
Estou aqui alternativa dois é a minha escolha
Cada um cada um eu vou na boa
Meu tempo no limite me obriga a ir em frente
Seguir naturalmente
Libertar a mente
Sem ranger os dentes
Sigo
Na calma
Desobediente
Alimentando a alma
Agora não embaça
Você perdeu a graça
Prende, estica, puxa e passa

Abra os braços vem me abraça
Quero a paz o amor me abraça(2x)

Amigos e irmãos não te abandonarão
Nem se a terra acabar
Pois tapa nas costas de qualquer um
Hoje em dia não dá

Cresci, vivi e vivo em qualquer lugar
Andando de frente de costas em qualquer luar
Com Fela Kuti nos ouvidos pra me acalmar
E não seria com vermes, xiitas, trairás
Que eu viria me preocupar
Chegado Rodolfo, de ideias claras a enxergar
Meu apelido veio da mística e da destreza de uma ave de rapina
E não precisa de drogas pois minha cabeça
Não comporta mais anfetamina
E sim adrenalina que é uma vacina da minha mania

De que tudo se transforma em música um dia (2x)

Vê se acorda
Vê que essa vida que estão te oferecendo é furada
A classe política totalmente manipulada
Se você não esquecer que bom ou ruim
Você é igual a mim e pode ser achado em qualquer lugar
Nunca duvide: Aqui se faz, aqui se paga
Pois o dia é feito de chão, poeira e estrada
De poeira, chão e estrada

Se eu não mudar ninguém vai ver que
Eu me afundei bem sentindo a dor mais forte
Se eu não voltar se lembre bem que
Eu não sou ninguém sem teu amor

Compositores: Marcelo Falcao Custodio (Falcao), Rodolfo Leite Goncalves de Abrantes (Rodox), Marcelo dos Santos (Xis), Daniel de Paula Siviero (Dj Bob)
ECAD: Obra #781017 Fonograma #946855

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