Rogê
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Amor à Favela

Rogê


"No ano de 2008, Cartola completaria 100 anos
E fizemos (Arlindo e eu) essa homenagem a ele
É como se ele voltasse à sua comunidade (Mangueira)
E comparasse a realidade de hoje com a da sua época
Cartola imortal! "

Os barracos de hoje são de alvenaria
Não têm mais o silêncio da Ave-Maria
Hoje tudo é segredo
E circula o medo em cada viela

Hoje o morro tem dono e também tem disputa
Um total abandono, filhos que vão à luta
Gente que não se cansa
Poesia, esperança e amor à favela

A música mudou
A rosa já não fala
Não canta nem sorri
O encanto acabou
Injustiça e dor é o que tem por aí
Crianças sem controle, sem o valor da vida
Comunidade chora a mocidade perdida

Mas ainda tem malandro que chega tarde em casa
E que implora à patroa
? Meu amor, me perdoa?
Pra ficar numa boa
Ensaboa mulata, ensaboa

Mas ainda tem malandro que chega tarde em casa
E que implora à patroa
? Por favor, me perdoa?
Pra ficar numa boa
Ensaboa mulata, ensaboa

'Tô lavando a minha roupa
Lá em casa estão me chamando, dondon
Ensaboa mulata, ensaboa
Ensaboa, tô ensaboando'

Compositores: Arlindo Domingos da Cruz Filho (Arlindo Cruz), Roger Jose Cury (Roge)
ECAD: Obra #3322945 Fonograma #1531293

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