Na verdade, não sei, estou acordado ou estou sonhando E nessa indecisão o tempo vai passando Sei lá se estou enlouquecendo ou não Só sei que me encontro aqui sem direção Uma prisão diferente onde a própria mente, mente Onde me tranquei quando deixei de ser inocente As dúvidas perseguem sempre quero ir além Quando encontro resposta, outra dúvida vem O que devo fazer, o será, o porquê Por onde vou, e como faço pra esquecer Onde vou quando morrer, como será que deve ser Será que vou descansar ou desaparecer Vou me preocupar pra quê? Como não se preocupar Como conseguir dormir se eu não paro de pensar Sei lá, como que cheguei aqui Das vozes eu não sei qual devo ouvir
Quem é Deus, e porque ele quis assim? O que há além do sentido, o que tem depois do fim? Existo por pensar que existo, por isso crio? Como afirmar o infinito aceitar o vazio?
Do que será que e feito, qual deve ser o efeito A gente colhe o que planta será que plantei direito Na moral não devo confiar em ninguém Por que ela fez isso sendo que a tratei tão bem Bom, pelo menos eu acho que a tratei Mas o que passou, passou, depois revejo onde errei Se não eu vou ficar mais louco que já estou Vou dormir, acordar e decidir onde vou Ah o que eu sei, eu sei, o que não e pra saber Nem vou tentar entender, só viver Olhei no espelho e perguntei quem sou Mas até agora não consegui responder
Compositor: Paulo Marcos Romero (Romero Paulinho) ECAD: Obra #35437578 Fonograma #34730660