Tu és, divina e graciosa, estátua majestosa do amor Por Deus esculturada e formada com ardor Da alma da mais linda flor de mais ativo olor Que na vida é preferida pelo beija-flor Se Deus me fora tão clemente aqui nesse ambiente de luz Formada numa tela deslumbrante e bela O teu coração junto ao meu lanceado pregado e crucificado Sobre a rósea cruz do arfante peito teu Tu és a forma ideal, estátua magistral oh alma perenal Do meu primeiro amor, sublime amor Tu és de Deus a soberana flor Tu és de Deus a criação que em todo coração sepultas o amor o riso, a fé e a dor em sândalos olentes cheios de sabor Em vozes tão dolentes como um sonho em flor` És láctea estrela, és mãe da realeza És tudo enfim que tem de belo Em todo resplendor da santa natureza Perdão, se ouso confessar-te eu hei de sempre amar-te Oh flor meu peito não resiste Oh meu Deus quanto é triste a incerteza de um amor Que mais me faz penar em esperar em conduzir-te um dia aos pés do alter Jurar, aos pés do onipotente em preces comoventes de dor E receber a unção da tua gratidão Depois de remir meus desejos em nuvens de beijos Hei de te envolver até meu padecer de todo fenecer
Compositor: Alfredo da Rocha Vianna Junior (Pixinguinha) ECAD: Obra #2017 Fonograma #639276