Não quero lhe falar Meu grande amor Das coisas que aprendi nos discos Quero lhe contar como eu vivi E tudo que aconteceu comigo
Viver é melhor que sonhar Eu sei que o amor é coisa boa Mas também sei Que qualquer canto é melhor Que a vida de qualquer pessoa
Por isso cuidado meu bem Há perigo na esquina Eles venceram e o sinal está Fechado pra nós, que somos jovens
Para abraçar seu irmão e Beijar sua menina, na rua É que se fez o seu braço, o seu lábio E a sua voz
Você me pergunta pela minha emoção Digo que estou encantada Com uma nova invenção Eu vou ficar nessa cidade Não volto mais pro sertão Pois vejo vir vindo no vento O cheiro da nova estação
Eu sei de tudo da ferida viva No meu coração Já faz tempo eu vi você na rua Cabelo ao vento, gente jovem reunida Na parede da memória Essas lembranças é o quadro Que dói mais
Minha dor é perceber Que apesar de termos feito tudo Tudo o que fizemos Ainda somos os mesmo e vivemos Ainda somos os mesmos e vivemos Como nossos pais
Nossos ídolos ainda são os mesmos E as aparências não enganam não Você diz que depois deles Não apareceu mais ninguém
Você pode até dizer que estou por fora Ou então que estou inventando Mas é você que ama o passado e que não vê É você que ama o passado e que não vê Que o novo sempre vem
Hoje eu sei que quem me deu a idéia De uma nova consciência e juventude Está em casa guardado por Deus Contando vil metal
Minha dor é perceber que apesar De termos feito tudo, tudo, tudo que fizemos Nós ainda somos os mesmos e vivemos Ainda somos os mesmos e vivemos Ainda somos os mesmos e vivemos
Como nossos pais !
Compositor: Antonio Carlos Belchior (Belchior) ECAD: Obra #953 Fonograma #125029