Na hora que o vento bate no cabelo da morena Faz dela uma ave solta voando soltando pena A moça fica bonita feito flor de açucena Meu coração viajante pede o vento uma carona E manda logo notícia de quem vê e apaixona Meu peito logo balança feito um passarim que dança No chorar de uma sanfona Alimento a esperança feito corredor que avança Pra vencer a maratona De noite ela mistura com o verde escuro da mata Ainda fica mais bonita com a luz do luar de prata Meu coração cantador não pode ter seu amor Não mata, mas me maltrata O vento é portador a levar a voz do cantor Pro peito dessa mulata Olhando lá da janela a flor parece uma flora Uma pintura na tela que lembra Nossa Senhora Dei um cheiro na donzela, dei um beijo na mão dela Um abraço e vim m'embora Morena cravo e canela, pra mim é a flor mais bela Da natureza, da flora Na hora que o vento bate no cabelo da morena Meu peito sofre de dor por esse amor que de longe acena
Compositor: Manoel Mendes Jardim (Rubinho do Vale) ECAD: Obra #235280 Fonograma #1036865