No sertão do nordeste brasileiro Onde vive sofrendo o camponês Sem ajuda, sem terra e sem vez É daí que sai nosso violeiro Homem simples de reflexo ligeiro Sempre forte igualmente a um vendaval Inspirado na tela universal Mostra ao mundo que é um grande artista O divino poeta repentista Tem na mente um poder descomunal
Veja só o que fez um contador Sem ter força afirma que é Sansão Empregado, mas diz que é o patrão Sem estudo se julga ser doutor Geme ai ai ui ui sem sentir dor É pacato, mas diz que é homem mau É por isso um ator fenomenal Das montanhas da vida o alpinista O divino poeta repentista Tem na mente um poder descomunal
Diomedes, Moacir, Laurencio, João Furiba, Daldete, Zé Ferreira, Lauro Branco Judu, Pedro Bandeira, Lourinaldo, Benedito, Virgulino, João Lourenço, Heleno Severino, Ivanildo Otacílio, Lourival, Zé Limeira e Pinto Maioral Cada qual tráz no nome uma conquista O divino poeta repentista Tem na mente um poder descomunal
O congresso é um festejo bonito É encontro de grandes contadores Cada qual exibindo seus valores Abordando história, lenda e mito O poeta se atira no infinito Mergulhando num mundo divinal Pra buscar um detalhe original Onde o homem comum não põe a vista O divino poeta repentista Tem na mente um poder descomunal