Pais da Fome: Homens Animais (part. Dj Cia)
Não só o lokinho e o pisquila jaz
Senhor, a dor dos seus herdou, ao menos peço a paz
Um pobre réu agora é fel
Perante os animais
E que a bela vira a fera e mais
Jão, até me lembro do passado
Vários maluco lá em casa e o clima andava embaçado
Só ladrão de mil grau
O crime era do mau
Esquenta o prato, estica, serve o crime na moral e tal
Mó motivo pra ir chamando um 12
Se os home invadisse ia cata um monte
É ladrão, teve uns malucos que assinou e foi de bonde
Uns do Canão, uns do Bronks e uns da Ponte
Lokinho, o meu melhor amigo até hoje
Aderiu 157, não quis pra ele o 12
É, não precisou ter currículo de ladrão
Tipo, pra ter respeito ou admiração
Igual muitos por aqui, o Lokinho pensou alto
Vendeu umas fruta, tomou conta de carro
Aos 12 ratátá, aos 15 quis parar
Aos 16 dizia que a branca pro crime, só atrasa
Deu duro, forte, pro arrebento nunca foi com loke
Nobres, falava a seu respeito pela ordem
Nas noites fria na fogueira assalto era meu tema
Pra quem nasceu na sul, o sofrimento é evidência
Aqui não tem paz, aqui não tem sinceridade
Não tem nenhum filha da puta sem maldade
Necessidade, na espraiada o crime em sua porta
Também polícia, revólver, droga, caminho da roça
É óbvio que aqui as estatísticas me diz na miguelagem
Ou então já sabe só no sapatinho
Jamais irei da mio
Eu sempre penso assim
Quem não pode errar sou eu, que se foda o ze polvinho
Na humildade posso até conseguir
Aviso em mente
Oxalá me guia aqui, permanentemente
Zé Polvinho tem um olho ardente
As vezes complicando a gente
Só pra te fuder, liga pro deic
Eu vi em maus lençóis
Vejo você tão de repente
Lá no Brooklin, Bronks, ré
Não gosto desse filme o roteiro é foda, nem me liga
Ser uma vitima do crime genocida
Crocodilagem, traição, revolta, droga
Falsas amizades e as biátch, em sua volta
Envolvimento com outras que sásas
Ações cinematográficas, enquadra a barca, cantou cromada
Quando voltava lá pra casa, comentava
O crime jão, profissão de cão, emboscada
Quando lutava me dizia emboscada, dizia que o crime é sempre uma arapuca armada
Tem primarião que mete a cara
Disposição, vai em parada
Vai, duas, três cara, responsa que para
Quando cai muitos deles se apavora e mata
Guerreiro que não é guerreiro vaza, só viaja
Não gosto desse filme o roteiro, nem me liga
Ter uma vitima do crime genocida
Ah não, mãe me dê a benção
Eu sei que o medo não é mesmo o lugar perfeito
Pra aguardar as horas
Sul, Sampa, Brasil, aqui sem a senhora
Pra mim tô vivendo no escuro
não faz muito tempo que o
Deda foi embora e é foda
Quando eu me lembro da senhora
o medo é ze polvinho
Mudam da água pro vinho, arrequebeuá atiram
E dão chapéu em si mesmo Pelé
Alguns espancam enche a cara, outros que matam mulher
Várias vezes vi na sul nenhum um mês
O binha chegou lá em casa, ligano bagana tomou 6
Dirceucitê maurin citou disse o que eu vi jão
Se eu descolar quem o matou não tem perdão
Ah não, Senhor me de mais fé
Eu vô vivendo pelas ruas desviando de um exército
Mais vale a fé aqui no Brooklyn sul
Eu vou vivendo pelos cantos desviando dos escombros
De onde eu vim ladrão milhões tem filho
Nasce, perde uma vez, novas histórias
Justiça, atitude meu pai
Hoje a chave, segredo, eu sei, posso viver bem mais
Mas não queria que o naldinho fosse nessas
Conheceu cola, brizolado pó, parou na pedra
Foi tipos essas
Não sei se brecha
Atitude apressa
Foi encontrado em São Luís, alvejado
Eu percebi depois que atira toma vários jaz
A morte pelo lado, fez do louco um bom rapaz
Boatos são boatos, quem vive é guerreiro
Favela do Canão, erguero é o primeiro
Boatos são boatos, quem vive é guerreiro
Favela do Canão, erguero é o primeiro
Boatos são boatos, quem vive é guerreiro
Favela do Canão, erguero é o primeiro
Boatos são boatos, quem vive é guerreiro
Favela do Canão, só vive um bom erguero
Ah não
Senhor me de mais fé
Eu vô vivendo pelas ruas no meio de um exército
Mais vá, e a paz na sul
Eu vou vivendo pelos cantos, desviando dos escombros
De onde eu vim, eu sei, milhões tem filhos
Nasce, perde uma vez
Justiça, atitude e paz
Sei, é a chave, é o segredo, eu vou viver bem mais
(Mais, mais)
Compositor: Mauro Mateus dos Santos (Sabotagee)
ECAD: Obra #16242805