Habitantes das grandes cidades, oucam a voz dos últimos índios no coração das últimas matas. Ouçam cantar a última Iara nos rios, nos mares, os gritos... das baleias e sereias.
Habitantes das grandes cidades, ouçam a voz dos mestres dos sábios vejam os sinais que chegam do espaço. Sigam as pegadas que deixa o passado, Há pistas, as ruínas, os restos, dos impérios submersos.
O grande espírito quer falar, o grande espírito da Terra, a voz de Manitu Tupã, senhor dos homens e das feras. Mãe das fontes de água pura onça pintada,grande sucuri calor de terra molhada de chuva, vida que morre renasce aqui e ali.
Conheço o brilho das grandes cidades Conheço o brilho do ouro dos homens meu coração sangra a dor das idades sonhos e impérios se erguem e somem Todas as feridas abertas na terra Todos os venenos jogados nos mares Todas as loucuras, doenças e guerras O sangue e as lágrimas dos justos, não se perderão...
O Grande Espírito falou O Grande Espírito da Terra A voz de Watzwatler Pachamama Senhor das aves e da flores Mãe da Lua e das estrelas Águia dourada, olho do dragão Respiração de fêmea se abrindo no parto Luz solar, força da natureza
Conheço o brilho das grandes cidades Conheço o brilho do ouro dos homens meu coração sangra a dor das idades sonhos e impérios se erguem e somem Todas as feridas abertas na terra Todos os venenos jogados nos mares Todas as loucuras, doenças e guerras O sangue e as lágrimas dos justos, não se perderão...
Os meus olhos de louco podem ver Passam as raças e as estações O planeta se rompe na dor de um parto, entre continentes que se desmoronam em novas terras que surgem no ocenao ao retorno dos deuses do espaço ascendem-se as luzes de nossa memora La Comédia Humana é Infinita eu posso ver a idade de um homem eu ouço a canção perdida!
Compositor: Marcus Viana ECAD: Obra #8418582 Fonograma #589802