Silveira e Barrinha
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Berrante de Ouro

Silveira e Barrinha


São altas horas da noite
Bem pra lá de um baixadão
Um berrante repicando
Em busca de oração
Um berrante repicando
Em busca de oração

Um repique diferente
Despertou a povoação
É o berrante de ouro
Em busca de oração
É o berrante de ouro
Em busca de oração

Passaram-se as horas negras
O sertão silenciou
Porque lá numa capela
Os morador já rezou
Porque lá numa capela
Os morador já rezou

Por alma de um boiadeiro
Que na estrada vai sumindo
Bem pra lá das invernada
Ouvem-se as risadas por cima do pingo
Bem pra lá das invernada
Ouvem-se as risadas por cima do pingo

Há muitos anos passado conheci esse boiadeiro
comprando gado e vendendo por este Brasil inteiro.
Quando foi um certo dia o sertão entristeceu
no passá do Rio Grande o boiadeiro morreu
No meio da correnteza, a boiada estourou só se ouviu
O grito triste a correnteza levou
Hoje em dia só se vê no meio do chapadão,
Seu berrante repicando em busca de oração.

Seu berrante repicando
Passando pelas estradas
Banhado com o clarão da lua
Ele vai sumindo lá na encruzilhada
Banhado com o clarão da lua
Ele vai sumindo lá na encruzilhada

Por nelson de campos

Composição: Barrinha

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