Na fazenda Ponte Alta Vô contá o que aconteceu A história de um animal bravio Que o povo se comoveu
Ele era um burro bravo Igual este não nasceu Certo dia no curral Este fato ocorreu
O burro estava furioso Veja só o que se deu O Juquinha vendo aquilo Pra sua mãe esclareceu
Juquinha muito nervoso Para sua mãe falou Vou apartar aquele burro Que ele é um traidor Está batendo nos potranco Eu vou mostrá quem eu sou
Sua mãe virou e lhe disse Eu te peço, por favor Esse animal é criminoso Muitos peões ele matou E Juquinha não ouvindo Ali no curral entrou
O seu prato de comida Lá na mesa ele deixou Passando a mão num chicote O burrão ele enfrentou
Na primeira chicotada O burro lhe enganou Em vez de corrê pra frente Pro seu lado afastou
Deu-lhe dois coices na perna Ali mesmo ele tombou Assim mesmo rastejando Rastejando até na porta chegou
Sua mãe tava na porta E pro Juquinha gritou Meu filho, venha pra dentro O burro te machucou
O Juquinha respondeu Mamãe, mamãe Aqui firme eu estou Quero mostrar a esse animal Que correr dele eu não vou
Quando foi jogar o laço Um grande golpe levou Recebendo um coice na fonte Que ali sem vida tombou
Sua mãe chegou chorando Vendo o filho ensanguentado O burro que matou meu filho Há de ser amaldiçoado O crime que ele fez Por outro será vingado
E depois de muito tempo Com o senhor Moacir Valente O burro foi negociado Com bala de carabina Esse burro foi parado E pagou pelo seu crime O cruel burro dourado