Silveira e Silveirinha
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Berrante de Madalena

Silveira e Silveirinha


Comprei uma boiada brava
Eu vim trazendo do chão de Goiás
Depois de atravessar a fronteira
Do rico estado de Minas Gerais

A boiada estourou
No pé da grande Serra dos Cristais
Lutei bastante, quase o dia inteiro
Mas a boiada esparramava mais
Morreram cinco dos meus companheiros
Fiquei sozinho com o capataz


Meu companheiro me falou chorando
Espero em Deus o nosso salvador
Olhei pro céu e avistei baixando
Um misterioso disco voador

Saltou por terra a moça boiadeira
E o seu berrante mudava de cor
Falou contente com lindo sorriso
Pra te salvar aqui hoje eu estou
Eu vim do céu pra salvar a boiada
E o seu berrante ela repicou


(- "Estou chegando tocando o meu berrante
Tenha juĂ­zo Ăł meu grande amor
Eu vim do céu para salvar a boiada
Cumprindo ordens de Nosso Senhor"

- "O repique do seu berrante
Logo a boiada foi aglomerando
E os companheiros que tinham morrido
Naquele instante eu vi ressuscitando

Vendo o milagre desta boiadeira
Que para o céu ela foi levitando
Seu rosto lindo era o de Madalena
E as minhas penas ela foi perdoando
CaĂ­ de joelhos com o rosto em terra
E de contente solucei chorando")

Quando a boiada entreguei em Barretos
Com todos os bois contado na chegada
Foi um milagre de Madalena
A boiadeira que eu vi lá na estrada

No outro dia eu fui acordando
Pois foi um sonho a grande jornada
Por isso mesmo eu creio em Madalena
A pecadora foi santificada
Quisera sempre minha protetora
Por que minha alma já se sente amparada

Compositor: Elias de Oliveira (Faisca)
ECAD: Obra #13602 Fonograma #1981

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