Silveira e Silveirinha
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Berrante Misterioso

Silveira e Silveirinha


Arriei o meu cavalo saĂ­ num dia chuvoso
Pra buscar uma boiada na fazenda do Mimoso
Reuni a piĂŁozada confiante e corajoso
Com dez mil cabeças de gado
Atravessando o rio a nado berrante tocou choroso

A entrar numa cidade a boiada estourou
O povo ia correndo quando o gado avançou
Corri com meus companheiros mas nada adiantou
Quando ouvi o som de um berrante
Lá no alto do horizonte quando o berrante dobrou

declamado:
(“Quando ouvi o som do berrante
Naquele mesmo instante toda a boiada parou
Um eco agudo do céu
Uma nuvem coberta de véu, uma voz assim falou”:

“Sou o Divino Pai Eterno eu sou o teu protetor
Eu vou seguir os teus passos na vitĂłria e no fracasso
Eu sou o seu Salvador”

“O meu corpo estremeceu ao ouvir o som do berrante
Aquele som vinha do alto, aquele som palpitante
CaĂ­ de joelhos em terra, Lhe agradeci num instante
Ajuntei toda a boiada
Saí cortando as estradas pensando no tal berrante”)

Eu fiquei aliviado no momento perigoso
Berrante silenciando num eco misterioso
Eu salvei toda a boiada desse mistério espantoso
Por isso a Deus agradeço
Até hoje não esqueço o berrante misterioso

(Pedro Paulo Mariano – Santa Maria da Serra-SP)

Compositores: Joao Martins Neto (Martins Neto), Nivaldo Pedro da Silveira (Silveira)
ECAD: Obra #145662 Fonograma #1064528

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