Silveira e Silveirinha
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O Contador e o Gerente

Silveira e Silveirinha


Cantado
Arriei o meu cavalo
E na chincha do arreio
Meu laço de doze tento
Para mim não fazer feio
Fui comprar uma boiada
No Triângulo Mineiro
Levei na minha guaiaca
Trinta milhões de cruzeiro
Foi a minha triste sorte
Saí de encontro com a morte
No distante paradeiro

Atravessei o rio Grande
Do outro lado da fronteira
Naquelas lindas paisagem
Da rica terra mineira
Em grande velocidade
Chegou um Simca Tufão
E saltaram dois grã-finos
Com carabina na mão
Ali mesmo fui roubado
Por dois ladrões mascarado
Sem saber por que razão

Me amarraram numa cerca
E quatro velas acenderam
Nisso o bando despediu
Me deixando em desespero
Mas chegou ali um andante
Me livrando da prisão
E eu saí galopando
Naquele imenso estradão
Achei o Simca tombado
Cinco praça e um delegado
Me deram voz de prisão

declamado
"- Tá preso, seu moço!
Eu lhe dou voz de prisão
Deve ser o forasteiro
Que roubou o Simca Tufão

Expliquei o acontecido
E o roubo do meu dinheiro
Saí livre galopando
Avistei dois boiadeiro
Vinha vindo bem distante
Com o berrante repicando
Pois era a minha boiada
Que comprei de um goiano
Foi uma grande surpresa
Não sabiam da certeza
Que ali eu ia chegando"

cantado
Arranquei o trinta e oito
E falei para o ponteiro
A boiada me pertence
Para o gado companheiro
Encostei os dois ladrões
Numa cava do barranco
Mandei que tirassem a máscara
Banquei um mineiro franco
Eram homem de valor
Um era o contador
E o gerente do banco

Compositores: Nivaldo Pedro da Silveira (Silveira), Faisca
ECAD: Obra #6551508

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