VILA ISABEL VESTE LUTO, PELAS ESQUINAS ESCUTO, VIOLÕES EM FUNERAL. CHORAM BORDÕES, CHORAM PRIMAS, SOLUÇAM TODAS AS RIMAS, NUMA SAUDADE IMORTAL. ENTRE AS NUVENS ESCONDIDA, COMO DE CREPE VESTIDA, A LUA FICA A CHORAR. E O PRANTO QUE A LUA CHORA, GOTEJA, GOTEJA AGORA, NOS OITIS DO BOULEVARD.
ADEUS CIGARRA VADIA, QUE MESMO EM TUA AGONIA, CANTAVAS PARA MORRER. TU VIVERÁS NA SAUDADE, DA TUA GRANDE CIDADE, QUE NÃO TE HÁ DE ESQUECER. ADEUS POETA DO POVO, QUE RESSUSCITAS DE NOVO, QUANDO NA MORTE DESCAMBAS. SINHÔ, DE PELE MAIS CLARA, NO QUAL O SENHOR ENCARNARA, A ALMA SONORA DOS SAMBAS.
OBS.: ESTES SÃO OS VERSOS DA COMPOSIÇÃO ORIGINAL, QUE SE ENCONTRAM ARQUIVADOS NO MIS E NA BIBLIOTECA NACIONAL.
ANOS APÓS A GRAVAÇÃO ORIGINAL, SURGIRAM MAIS 6 (SEIS) VERSOS, COM NUANCES NOS TRÊS PRIMEIROS VERSOS, DE AUTORIA DESCONHECIDA, QUE SÃO CANTADOS EM SERESTAS E INCLUSIVE EM GRAVAÇÕES DE ARTISTAS TRADICIONAIS, CONFORME SE TRANSCREVE ABAIXO:
PRIMEIRA VERSÃO:
MEU VIOLÃO CHORA TANTO, SOLUÇOS E MUITO PRANTO, SOBRE O CAIXÃO DE NOEL. ESTÁCIO, MATRIZ, SALGUEIRO, TODO O RIO DE JANEIRO, CONSOLA VILA ISABEL.
SEGUNDA VERSÃO:
TODA A CIDADE SOLUÇA, COMOVIDA SE DEBRUÇA, JUNTO AO CAIXÃO DE NOEL. ESTÁCIO, MATRIZ, SALGUEIRO, TODO O RIO DE JANEIRO, CONSOLA VILA ISABEL.