Se me judio na noite descanso durante o dia Pra repor as energias que gasto na minha lida Mas vou te contar uma coisa nunca me queixo de nada Encaro sempre na estrada meu trabalho e ganho a vida Tenho mãos que são prendadas, agradeço à luz divina Que minha estrada ilumina e cobre o mundo de amor Sou consciente que a vida não é sempre um mar de rosas Mas nos campos do meu peito cultivo uma linda flor
Que me espera quando eu volto De animar esses fandangos cansado E essas mãos de tocar baile cevam mate Depois fazem na prenda um montão de agrados
Às vezes não sobra tempo pra ficar com quem se ama a prenda às vezes reclama da falta que a gente faz Mas uso o som da garganta e a destreza dos meus dedos Pro sustento do piazedo e da lida gosto demais Mas vou te contar parceiro não pense que isso é moleza Pois pra disfarçar tristeza e ser firme com a emoção Eu esqueço do cansaço num gaitaço e polvadeira E faço de uma vanera um hino pro coração
E essas mãos de tocar bailes Acumulando experiência e saudade Lá se vão nas madrugadas Animando essas noitadas Com raça e habilidade
Compositor: Jair Antonio Delgado (Jairinho Delgado) ECAD: Obra #2594610 Fonograma #891589