Tava na roça Numa vida de amargá Eu e a muié E doze fio pra criá Plantando mio Desdentado e sabugado Que depois de debuiado Deu um quarto de fubá
Só um quarto de fubá Só um quarto de fubá (Só um quarto de fubá Só um quarto de fubá)
Então viemo Pra cidade trabaiá Porque a pobreza Tava mesmo de lascá Aqui cheguei Fui trabaiá de faxineiro E ganhei tanto dinheiro Que não deu nem pro fubá
Que não deu nem pro fubá Que não deu nem pro fubá (Que não deu nem pro fubá Que não deu nem pro fubá)
Pedi a conta E fui pra casa lamentá E a muié Logo veio preguntá Se eu havia Recebido argum dinheiro Pois no empório ela devia Meio quilo de fubá
Meio quilo de fubá Meio quilo de fubá (Meio quilo de fubá Meio quilo de fubá)
Então chegô O meu fio Zé Vavá E disse, pai Pra vivê aqui não dá Fui despedido Do emprego sem direito Me pagaro uma fortuna Que não deu nem pro fubá
Que não deu nem pro fubá Que não deu nem pro fubá (Que não deu nem pro fubá Que não deu nem pro fubá)
Fui na igreja Para o padre me ajudá Ele me disse Que a inflação tá de matá Quem for carente Que faça uma cruz na boca Que a coleta vem tão pouca Que não deu nem pro fubá
Que não deu nem pro fubá Que não deu nem pro fubá (Que não deu nem pro fubá Que não deu nem pro fubá)
Então vortemo Lá pra roça pra plantá O pessoar Logo veio preguntá Cadê a fortuna Que ocêis trouxe de lá Então nóis apresentemo Só um quarto de fubá
Só um quarto de fubá Só um quarto de fubá Só um quarto de fubá Só um quarto de fubá
Compositores: Agapito Pereira (Pio Pereira), Geraldo da Rocha (Dinho Rocha) ECAD: Obra #229596 Fonograma #1618386