Taviano e Tavares

Catireiro

Taviano e Tavares


Foram ler minha sorte
Quando eu fui nascido
E a sina que eu trouxe
É de ser divertido
Tenho me regalado
Tenho padecido
Não são poucos fandangos
Que eu já tenho ido
Não vou mesmo em catiras
Que não me convidam
Assim ninguém diz
Que sou oferecido

Quando eu chego nas festas
O povo rodeia
Ansioso pra ouvir
Minha voz sem pareia
Quando eu canto de viola
Não tem moda feia
Com a viola nos braços
Meus dedos ponteia
E no meu repicado
O pessoal sapateia
O assoalho da casa
Até balanceia

Violeiro invejoso
Me olham de lado
Quanto mais me odeia
Eu canto folgado
Eu não gosto de intriga
Sou muito educado
Todo lugar que chego
Sou considerado
Mas se alguém me abatê
Eu já fico irritado
A paciência se acaba
E meu verso é pesado

Esta vida que eu levo
Alegre tem sido
No lugar que eu canto
Não fico esquecido
Sempre deixo saudade
Coração ferido
Quantas juras de amor
Eu tenho recebido
Por eu ser violeiro
E cantar dilorido
Fiz mulher casada
Largar do marido

Compositores: Osvaldo Franco (Dino Franco), Joao Stramandinolli (Joao Caboclo)
ECAD: Obra #1526905 Fonograma #3262651

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