Duas moças num carro moderno Chegaram num posto pra por gasolina Eram duas irmãs estudantes Filhas de um ricaço do estado de Minas Bem trajadas no rigor da moda Com casaco de pele argentina As pessoas que estavam presente Já foram notando que eram gente fina
No momento também foi chegando Um senhor idoso num Ford antigo Foi parando naquele ambiente Trazendo nos lábios um sorriso amigo Uma das estudantes falou Em ficar sem rir não consigo Pra usar um carro dessa era É preciso que esteja bastante a perigo
Quanto é bom papai ter dinheiro E boa fazenda na zona da mata Nós trocamos de carro todo ano E outros não passam de um monte de lata Pra vender isso não tem valor Do papel de uma duplicata Se por ele pertinho do nosso Não há quem não diz que o carango é sucata
Disse o velho: este carro eu não vendo Por seja boa a proposta que faça Foi com ele que eu comecei Depois o restante ganhei foi na raça Considero um ser da família O carango que acharam graça Vocês duas não existiam Quando eu trabalhava com ele na praça
Por fazenda também tenho duas Com bastante gado e não sou agiota Não nasci em berços de ouro Venci com meus braços e não sofri derrota Vocês sabem o que é carreta Scânia Tenho muitas e comprei foi na nota Pra atingir o valor de uma delas De carro dos seus precisa uma frota
Compositores: Geraldo Aparecido Borges (Geraldinho), Rogerio Dantas Filho (Rogerio Dantas) ECAD: Obra #90604 Fonograma #3262677