Tchê Barbaridade
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Gaita do Belizário

Tchê Barbaridade


Quando me lembro dos pagos nos dias de castração
O laço corria frouxo, o mate de mão em mão
O touro brabo berrava pra se escapar do peão
Mas a faca castradeira fazia o serviço no chão

Me lembro da tia Picucha que era surda de um ouvido
Andava sempre brigando com um fogão velho entupido
Chegava de meio-dia tava tudo a "resolvido"
Servia pra peonada cuião de touro cozido

Enquanto os "home" comiam a véia ficava em pé
Gritava de vez em quando: "se sirvam quando quiser
Não usem de cerimônia, tem mais cuião pra quem quer
Se já comeram a vontade, agora é a vez das "muié!"

E as filhas da Laudelina gostavam de uma brincadeira
Dançavam com todo mundo no surungo a noite inteira
E a gaita do Belizário com o fole qual uma peneira
Levantava a saia delas no balanço da vaneira

Compositores: Carlos Batista Girardi Silveira (Carlos Silveira), Santo Valdir Girardi Silveira (Valdir Silveira)
ECAD: Obra #18395933 Fonograma #1153618

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