Puxa um banco e senta que tá na hora do chimarrão É o sabor do pampa de boca em boca, de mão em mão Puxa um banco e senta, vam cá pra roda de chimarrão Ele aquece a goela e de inhapa a alma e o coração
Esquentei a água no fogareiro do Boitatá Tô cevando o mate com erva da boa da barbaquá E vamos charlando e contando causos que lá se vão É o sabor do pampa de boca em boca e de mão em mão Acendi uma vela que é pro Negrinho nos ajudar A encontrar as histórias porque a memória pode falhar É sabedoria deixa o amargo viver em paz Mate e cara alegre porque o resto a gente faz
Dizem que não presta mijar cruzado pois dá azar Se grudar os cachorro só água fria pra separar Diz que palma benta pra trovoada é o melhor que há E se assoviar o minuano é certo que vai clarear Minha avó me disse que andar descalço dá mijação Cavalo enfrenado na lua nova fica babão Com passarinheiro e mulher sardenta é bom se cuidar E que vai depressa demais a alma fica pra trás
O melhor pra tosse é cataplasma e chá de saião Pra acabar com a gripe só sabugueiro ou então limão Pra curar verruga é benzer pra estrela e invocar Jesus Contar mau olhado um galho de arruda e o sinal da cruz Chá de quebra pedra, ipê, arnica, canela em pó Hortelã, marmelo, marcela boa e capim cidró Tudo tem remédio churrio, cobreiro e má digestão Só pra dor de amor é que não tem solução