Cinzeiro amigo velho pedaço De bronze Tu guarda as cinzas dos cigarros Que fumei Cinzeiro amigo não falas Não és indiscreto Me ouves ficas bem quieto Não contas as vezes que chorei
Ele e ela Este cinzeiro meu amigo Que te falo É quem disfarça a minha Triste solidão Juntinho dele é que procuro Esquecer De quem magoou o meu pobre Coração Cinzeiro amigo em cada ponta De cigarro Reprisa a história lá do Peito meu É um romance de tristeza e amargura Que estou sofrendo por alguém Que me esqueceu
Cinzeiro amigo na expressão Mais comovida Meu companheiro das noites Que não tem fim Quando a fumaça nos ares Vai se perdendo Estás sabendo que ela já Esqueceu de mim
Ele e ela talvez um dia ela lembre Com saudades deste infeliz que lhe amou E abandonaste e este crime tu vais ter Na consciência que o meu amor Era só teu e tu mataste Cinzeiro amigo nas horas que Estou mais triste os restos De cigarro tu vais acumulando Ela talvez um dia acumule a tristeza E vai falar neste cinzeiro soluçando
Compositor: Vitor Mateus Teixeira (Teixeirinha) ECAD: Obra #1982444 Fonograma #427488