Teixeirinha Filho
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Meu Pingo Branco

Teixeirinha Filho


Lá na fazenda eu criei um pingo branco
Era potranco quando recebeu a dona
Pro carrerista isso eu disse muitas vezes
Vem meus fregueses que o dinheiro não tem goma
Dos meus contrarios vi sorriso ouvi resmungo
Traga prá cancha o matungo joga quanto diga a soma

Meu pingo branco ensinava as escondidas
Muitas corridas joguei até a camisa
No partidor eu levava de barbada
Todas vezes na chegada só dava eu na baliza

Meu pingo branco corria por toda a parte
A minha arte era cancha de carreira
Um certo dia cheguei num carreiramento
Fiquei atento numa moça fazendeira
Com uma potranca tostada me fêz proposta
Larguei virando de custa ganhei só por brincadeira

A linda moça fazendeira embrabeceu
Depois me deu um soriso por encomenda
Mas eu por ser um gaúcho muito franco
Na garupa do pingo branco trouxe ela pra fazenda

Meu pingo branco já não é mais parreleiro
No meu potreiro está descansando agora
Foi mais de trinta carreiras que eu ganhei
Nunca tirei dinheiro do bolso pra fora
Ganhei fortuna tudo o que um homem quer
Ganhei até a mulher que me ama e me adora

Ele é so pego em algum fim de semana
A linda ana minha amada encilha do pingo
Quando ela monta o pingo branco é um aseio
Leva ela de passeio pra ver os pais no domingo

Compositor: Vitor Mateus Teixeira (Teixeirinha)
ECAD: Obra #1796328 Fonograma #972312

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