Lá na fazenda eu criei um pingo branco Era potranco quando recebeu a dona Pro carrerista isso eu disse muitas vezes Vem meus fregueses que o dinheiro não tem goma Dos meus contrarios vi sorriso ouvi resmungo Traga prá cancha o matungo joga quanto diga a soma
Meu pingo branco ensinava as escondidas Muitas corridas joguei até a camisa No partidor eu levava de barbada Todas vezes na chegada só dava eu na baliza
Meu pingo branco corria por toda a parte A minha arte era cancha de carreira Um certo dia cheguei num carreiramento Fiquei atento numa moça fazendeira Com uma potranca tostada me fêz proposta Larguei virando de custa ganhei só por brincadeira
A linda moça fazendeira embrabeceu Depois me deu um soriso por encomenda Mas eu por ser um gaúcho muito franco Na garupa do pingo branco trouxe ela pra fazenda
Meu pingo branco já não é mais parreleiro No meu potreiro está descansando agora Foi mais de trinta carreiras que eu ganhei Nunca tirei dinheiro do bolso pra fora Ganhei fortuna tudo o que um homem quer Ganhei até a mulher que me ama e me adora
Ele é so pego em algum fim de semana A linda ana minha amada encilha do pingo Quando ela monta o pingo branco é um aseio Leva ela de passeio pra ver os pais no domingo
Compositor: Vitor Mateus Teixeira (Teixeirinha) ECAD: Obra #1796328 Fonograma #972312