Novamente os dois martelos Se encontram num vai e vem Um bate e outro rebate Na cabeça de alguém Nalva eu vou bater na tua
Bato na tua também Bato na tua também Nalva eu vou bater na tua Quando o meu martelo bate Até o teu santo recua Teixeirinha eu te arrebento
Cara de batata crua Cara de batata crua Teixeirinha eu te arrebento Tu hoje está violenta Eu também sou violento Nalva tu não canta nada
Cara de pão sem fermento Cara de pão sem fermento Nalva tu não canta nada Sexta-feira eu te despacho Na primeira encruzilhada Com vela, cachaça e vinho
Feiticeira recalcada Feiticeira recalcada Com vela, cachaça e vinho Podes fazer bruxaria Que eu me defendo sozinho Tu conheces a minha fama
Sai daqui seu Zé porquinho Sai daqui seu Zé porquinho Eu conheço a tua fama Tu também conhece a minha Me respeita e não te clama Tua fama é quebra banco
E a tua é quebra cama E a tua é quebra cama Minha fama é quebra banco E eu não sei que banco é esse Seja franca que eu sou franco Vou te trazer num costeio
Eu encilho este potranco Eu encilho este potranco Vai me trazer no costeio Eu sou a Nalva Aguiar Que canta e pára rodeio Sou a paisagem gaúcha
Potranca do meu arreio Potranca do meu arreio És a paisagem gaúcha A paisagem do Rio Grande Não é igual esta bruxa Que não passa na pinguela
Seu cara de puxa-puxa Seu cara de puxa-puxa Que não passa na pinguela Eu rasgo tua bombacha Depois tu fica sem ela Te solto lançante abaixo
Mineirinha magricela Mineirinha magricela Me solta lançante abaixo Na hora eu me agarro em ti Que nem banana no cacho Se eu cair tu vai junto
Já vi que o gaúcho é macho Já vi que o gaúcho é macho Se tu cair eu vou junto Descemos lançante abaixo Na chegada eu te pergunto O que, que nos acontece
Agora eu mudo de assunto Agora eu mudo de assunto O que, que nos acontece Quando chegarmos lá embaixo Te dou o que tu merece Um beijo na tua boca
Aí a Nalva enlouquece Aí a Nalva enlouquece Um beijo na minha boca Não sei se deixo ou não deixo Ai meu Deus que coisa louca Eu vou pensar no teu caso
A Nalva é a minha touca A Nalva é a minha touca Tu vai pensar no meu caso Não tem nada que pensar Tu és a flor do meu vaso Eu sou mesmo bom de bico
Não sei se caso ou não caso Não sei se caso ou não caso Tu é mesmo bom de bico Se é assim como tu diz Sem me casar eu não fico Podes comprar a mobília
Só tá faltando o tio Nico Só tá faltando o tio Nico Posso comprar a mobília Vai ser um casal feliz Lá na terra farroupilha Quero os teus lábios de mel
Ai meu Deus que maravilha Ai meu Deus que maravilha Queres os meus lábios de mel Já podes chamar o padre O escrivão faz o papel Só falta nós dois botar
Botar o que? Ô cara! Azeitona no pastel
Compositor: Vitor Mateus Teixeira (Teixeirinha) ECAD: Obra #1500470 Fonograma #1059924