(eita me vento ma leva, que liga na entrada da noite Se acompanhado de um chuvisqueiro E eu vou no boliche tomar um trago)
Minuano, minuano, vento ma leva do pampa Na quebrada da cochilha, assubiando destampa Bate no rosto trigueiro de uma chinoca bonita Balança o cabelo dela, desmancha o toque de fita
Minuano, minuano meu vento sul brasileiro Me faz lembrar com saudades dos meus tempos de tropeiro
(tempo bom que não volta mais)
Quando venta o minuano lá no Rio Grande do Sul, Carrega as nuvens cinzenta, deixando o céu mais azul Dois, três dias o vento para Cai a noite o frio se abrande Trampo de enchada amanhece os campos do meu Rio Grande Quem é magro treme o queijo, põe gali vento tirano Só quem tem chinoca gorda resiste firme o minuano
(é preciso ter uma chinoca gorda se não não resiste o mês de julho e nem de agosto)
Vento tradição de um povo se retrata na cochilha Balanceia a cruz de cedro de muito herói farroupilha Parece um novilho bravo, o minuano roncando O lixero dá me um trago, pro meu rancho estou voltando
Gela meu corpo minuano, de mim não tenha pudor Só assim eu paro mais nos braços do meu amor.