Telerama

Cruz

Telerama


Se for coisa de ficar pra depois
Me despeço desde já de nós dois

Promete o que tem e o que não tem
Só pra ficar de bem

Se o seu caso é deixar pra amanhã
Que eu não me atire assim tão afoito em algo tão vão

Melhor deixar ao Deus dará
que ele nos põe no lugar

Já que me cabe lamentar você
Não tente me demover

Né quase nada, não
Mas é o que eu sinto
Pode não parecer
Mas é a cruz que eu carrego
De todos, meu mais indiscreto credo a me carcomer

Será que o nosso amor secou sem que a gente visse
Será que foi isso ou eu quis me fiar no que sequer existe

Vai ver foi só uma bolha de ar
que apenas tardou a estourar

Vai ver foi só uma bolha de ar
que apenas tardou a estourar

Eu sei, superestimei o que era tão rasteiro
Um rastilho de pólvora no centro dum cinzeiro
De todos meu mais desmedido medo enfim me abateu

Composição: Igor Miná/Rafael de Moura

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