E ai rapazeada como é que tá? Estamos aqui de novo pra tentar fazer você dançar Como velhos tempos tempos velhos velhos quais Tempos velhos meus amigos pretos velhos Que não voltam mais Ancestrais seguidos de bravos guerreiros Fazem o brasil inteiro se curvar Diante de tal bravura Que loucura Só pra todo custo defender aquele lugar Que alias se chamava palmares E foi destruído por um velho Que não era preto mais se chamava jorge E com sua sorte e nosso azar Matou todos do quilombo que hoje seria nosso lar E mesmo assim de novo mostro a vocês, outra vez A importância de ser Negro por inteiro Reconhecendo o seu valor E por favor, respeitando o irmão mais claro Que está sempre do seu lado Torcendo pra você vencer E crer Na energia africana que Emana das sementes espalhadas pelo mundo inteiro Seja escuro, mas seja escuro e verdadeiro
Afro-brasileiro (sabe quem eu sou?) Afro-brasileiro (me diga quem você é) Afro-brasileiro (sabe quem eu sou?) Afro-brasileiro Afro-brasileiro (me diga quem você é) Afro-brasileiro (sabe quem eu sou?) Afro-brasileiro Somos decendentes de zumbi Grande guerreiro
Todo dia quando vou sair de casa pra rua Faço o sinal da cruz pra fazer juz À fé em Deus e nos orixás Sou duro na queda porque Sou filho guerreiro de ogun com iemajá E pra injuriar os conservadores imbecís Tenho orgulho e bato no peito, sou decendente de zumbi Grande líder negro brasileiro Por nosso liberdade enfrentou exércitos inteiros Mas acabou perdendo a cabeça E não é a cara dele que eu vejo nas camisetas Nos bottoms toucas ou bombetas Nem ganga zumba eu vejo nas jaquetas Até o rap nos traiu importando santos pro nosso terreiro Que falta de respeito Por um homem de coragem Que lutou pelos negros do brasil inteiro Meu companeiro ou minha companheira Não digam besteira, se assumam Ensinem nossa cultura à sua família A nossa tradição, a nossa evolução Tudo isso está em suas mãos (não é brincadeira não, estou falando sério) 95, trezentos anos de zumbi Vamos homenageá-lo, agindo assim
Venha, que hoje é sexta Eu vou chamar os refrigerantes e pra quem gosta cerveja Vamos sentar aqui no chão Colocar o blox do lado E ouvir um som do gog, Mano em pesado, câmbio negro e racionais meu irmão Afinal o que bom tem que ser provado Tanta coisa boa e você ai parado acuado É por isso que insisto Sou um preto atrevido E gosto quando me chamam de macumbeiro Toco atabaque em rodas de capoeira E toco direito Minha cultura primeiro O meu orgulho é ser um negro verdadeiro
Compositores: Altair Goncalves (Thaide), Humberto Martins de Arruda (Dj Hum) ECAD: Obra #11974274 Fonograma #372557