Febre do Hip Hop
Ha, ha, ha! thaíde mais louco que nunca
Vâmo que vâmo!
Hip hop não é brincadeira, não!
Segura a sua onda...
Vâmo que vâmo, então
Deixa comigo!
Se liga, mana, se liga, mano
O tempo não pára. então, se prepara pro seu adianto
Dj hum comanda o som da música que vem da periferia
Graças a Deus, a grande maioria (quem diria?)
Balançando barracos, tremendo mansões
Papo frente a frente com policiais e ladrões
Às vezes incomodamos com verbos pesados
Surgiu um boato de fato
Somos pretos pesados!
Mandando sempre um pecado em nosso recado
E que se mudem os incomodados, sai voado
É sempre assim, do começo ao fim
Falam um monte de você, de mim
Querem que falemos só de coisas bonitas
Tipo samambaia, xaxim
Não é pra isso que estamos aqui
Meu irmão dj hum
Yêh, yêh, yêh! mando o verbo pra você
O papo não é grupo, é atitude e proceder
De milianos, da antiga, de muita caminhada
Do baile da pesada, sem presepada. quente, quente
O mais quente do pedaço
Scratches e batidas nas picapes, eu arregaço!
A febre se espalha, contamina e continua
Nos carros, nas praças, nas rimas, nas ruas
O som é forte e trinca, a viagem começa
Quem é do esquema, agüenta; quem não é, se estrepa
Se dedicando a letra e rima
Thaíde & dj hum no rap, a mais antiga firma!
Refrão (2x)
Termômetro explodiu!
Não deu pra segurar, a febre é muito forte!
E não vai baixar...
Pow-pow-pow
Pa-pá-pá-pá
Peso que vem daqui!
Peso que vem de lá!
Criando rima nervosa
Olhando em cima e embaixo
Viajo pelo espaço, sem tirar o pé do chão
Sou da escuridão, negro gato espreitando a situação
Leva fé, meu irmão. observação
Dizem que sou malandro porque falo gíria, ando
gingando
Na verdade, a malandragem
Tá na maneira como vou rimando contra a maré
E se o bicho pega, a gente solta o bicho, sabe como é
que é...
Mas isso e só pra zé mané...
Um e um, dois. dois e dois, quatro
Matemática simples que me ajuda
A tirar a pedra do sapato
Opa! só uso tênis
Tô na dúvida: é nós na fita,
Nós com eles ou nós contra eles?
Palavras sobrepostas mandam a monotonia embora
Cavaleiros da verdade, apocalipse agora
Submarino na superfície e torpedo à toda
E, como já foi dito, alado negro da força, morô,
mano?
Tenho uma preferência, mas quero que todos me escutem
Eu vim pra incomodar. os incomodados que se mudem
Digo sempre pra molecada: violência não tá com nada,
estudem
Olhem sempre aonde pisam, cuidado, não se machuquem
Esta loucura não é pra quem quer, mas é pra quem pode
O quê?
Sentir a febre do hip hop
Refrão (2x)
Às vezes me perguntam
Sinceramente, te confesso, eu não sei também
Não consigo ficar parado, inerte
A vida me pede. tô colado na correria feito chiclete
Sempre esperto com as loucuras que a gente comete
Quem não segue o caminho correto quase sempre se
perde
E num desses perdidos da vida eu me achei
Quase sempre tô sorrindo as lágrimas que chorei
Uma frase já não basta pra dizer tudo que sinto
Dói demais no coração. sou muito emotivo
E essa rima me lembrou uma canção
Por isso é melhor se acostumar a ver e ouvir loucuras
Vai ser pego de surpresa no meio das ruas
Eu não sou a doença, nem tampouco a cura
Mas sou a verdade nua e crua!
Não é conselho, é apenas um toque
Se eu tô redondamente enganado, me prove
Chamo atenção sem me preocupar com o ibope
Minha voz corrompe seus tímpanos
É a febre do hip hop
Refrão (2x)
Compositores: Altair Goncalves (Thaide), Humberto Martins de Arruda (Dj Hum)
ECAD: Obra #748198 Fonograma #10523