Vamos ser rasos, vamos ser alguém um dia Vamos ser rebeldes e chamar tudo de ladrão Vamos ser poetas cheios de ideologia Críticos, teóricos, sem nenhuma informação
Caminho descuidado sobre um campo minado E se piso num quadrado errado tudo vai pelos ares Caminho em ovos, em ovos novos Em novos povos que andam em pares
Sonho de olhos abertos, enxergo os cegos e então coro Pois os mesmos olhos que me guiam São os mesmos olhos que eu choro Vendo chocolate lacrado e um coração puro na caixa Leve junto toda piedade e essa autoestima tão baixa
Exponho os meus defeitos, sufocados em meu peito Em uma biblioteca de poesia engavetada Me deito no leito, muito malfeito mas feito E o trato com respeito e então me abraço na garrafa
Uma reunião de solitários, muito amor, tin-tin Mas não vamos brincar de ser otários Vamos brindar a solidão que nos uniu pra esse fim Pra esse fim, tin-tin
Garrancheei meu nome no papel dos fracassados E virei cobaia do tremor do desespero Rendi minha mente lúcida pra o meu corpo chumbado Troco liquido amargo por lábios sabor brigadeiro
Eu esse sujeito perfeitamente imperfeito Que faz tudo direito, mas no fim sai tudo errado Vivo por respeito para quem me deu o peito E por serem meus defeitos não procuro outro culpado
Uma reunião de solitários, muito amor, tin-tin Mas não vamos brincar de ser otários Vamos brindar a solidão que nos uniu pra esse fim Pra esse fim, tin-tin
Compositores: Mauricio Marques de Andrade (Truta), Jonathan Bueno da Silva, Maikon Azevedo Borne (Maik Borne), Marnon Iansen Viana (Marnon Viana) ECAD: Obra #29628427