Vou passar o carnaval na Mesopotâmia Simbora, simbora agora Cê querendo eu sei um truque Simbora, simbora agora Cê querendo eu sei um truque Tá quase raiando a aurora Encare o sol até surgir a imagem Do deus sumério Shamash Vem chegando, chame a chama Vem cegando, chame-a E de repente em pleno Rio Baixa e fica o Rei de Uruk De repente em pleno Rio Baixa e fica o Rei de Uruk
Gilgamesh que mexe que mexe que mexe que mexe Vem amar de novo, vem saudar o povo Vem dançar no topo do eletro-zigurate Vem de bate-bola, vem entrar de sola Vem vencer o sono, que a morte é um disparate Vem ter uma ideia da epopéia que não acaba, vem Vem que a gente sua Pra te ver brigar e sentar a pua em Humbaba no meio da rua Sentar a pua em Humbaba no meio da rua
Vou esconjurar o pesadelo da história Para maior glória desse povaréu Hoje é quando o sonho engolfa a memória E eu beijo a escória E devoro a carne de mito e de medo do Touro do Céu
Hoje o Ocidente não me serve de escudo No furor do entrudo eu vou me acabar Não sou nada, o mito é o nada que é tudo Tô vivo e desnudo Pra ser devorado por sacerdotisas da deusa lunar
Vou passar o carnaval na Mesopotâmia Simbora, simbora agora Cê querendo eu sei um truque Simbora, simbora agora Cê querendo eu sei um truque Tá quase raiando a aurora Encare o sol até surgir a imagem Do deus sumério Shamash Vem chegando, chame a chama Vem cegando, chame-a E de repente em pleno Rio Baixa e fica o Rei de Uruk De repente em pleno Rio Baixa e fica o Rei de Uruk
Adeus Anu-u-u-u-u-u-u É quarta-feira no Vale do Ur Javé traçou a meta Abraão levou a Sara Hebreus em linha reta Babilônos no samsara
Compositor: Thiago Mattos dos Santos Amud (Thiago Amud) ECAD: Obra #19522013 Fonograma #3286553