Como foi que abriram a porta? Como foi que entraram sem ligar os dois a vaguear no espaço limpo o espaço cedo sem ninguém para pensar? Como foi que as flores cresceram? Como foi que o jardim se fez mulher para esquecer que à volta tudo à volta faz tremer? Como foi que de dentro do mundo fugiram para longe? Quando foi que pensaram voltar? Quando foi que adormeceram ao fim da tarde junto ao mar?
Quando foi que trancaram o rumo? Quando foi que saíram sem ligar os dois? inventaram que incerteza era razão para não ficar.
Como foi que tiraram da pele pó? Como foi que despiram o espaço nu? os dois? Desviando o veneno inventaram um tempo e do medo fez-se luz Como foi que o riso nasceu e o escudo cedeu? Quando foi que tentaram sair um do outro com tão pouco peso por cumprir? Quando foi que o tiro furou? quando foi que deixaram de respirar? Quando foi que adormeceram ao fim da tarde junto ao mar...?
Quando foi que trancaram o rumo? Quando foi que saíam sem ligar os dois? Inventaram que a incerteza era razão para não ficar.
...dois ramos novos a nascer Dois ramos juntos sobre a luz dois tempos frágeis para compor um dia solto de dizer:
“tu aqui é bom para mim. E tu aqui é bom”
Como foi que largaram o peso? Quando foi que deixaram flutuar? Os dois encontraram na incerteza razão para reparar que tu aqui é bom para mim
Ninguém quer saber Há medo de rir Ninguém quer ceder para ser quem restou Ninguém vai olhar para ser quem amou E eu aqui é bom para mim E eu aqui é bom para ti.