Tião Carreiro e Pardinho
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Azulão do Reino Encantado

Tião Carreiro e Pardinho

Rancho do Vale


Eu já consertei relógio a meia noite no fundo d’água
Sem levantar o tapete com muita classe tirei o taco
Eu já ganhei uma guerra sem dar um tiro e não é mentira
Já fui no fundo da terra e voltei de lá sem fazer buraco

Aprendi fazer colar só de pingo d’água e ficou bonito
Eu fiz um laço de areia pra laçar bicho que não é fraco
Amarrei onça no mato com reza brava ficou segura
Carreguei ferro em brasa tição de fogo dentro de um saco

Topei uma corriola só de bandidos com pau e faca
Foi uma nuvem de poeira fiz a madeira virar cavaco
Eu transformei o meu braço em uma espada que só tinia
Arrebentei tantas facas veio a policia varrer os cacos

Caminhei por baixo d’água igual um peixe e não sei nadar
Caminho que ninguém passa passo correndo e não empaco
Já fiz a barba do leão sem usar sabão e sem a navalha
Com a jamanta correndo troco pneu sem usar macaco

O meu protetor é forte é o azulão do reino encantado
Um salão todo azulado que tem no céu ele foi morar
E com sete santas virgens neste salão o azulão está
E duas vezes por dia este salão Deus vai visita

Compositores: Antonio Henrique de Lima (Pardinho), Lourival dos Santos, Ivanildo Rosa de Souza (Arlindo Rosa)
ECAD: Obra #2561 Fonograma #3746

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