Na cidade de Andradina com a boiada eu fui chegando Eu tava só com seis peões ,oitocentos bois nos vinha tocando Com esse gadão de raça naquela praça eu fui travessando O ponteiro ia adiante com o berrante ia repicando
No meio dessa boiada eu levava um boi por nome cigano O mestiço era valente por onde andava fazia dano Ganhei o boi de presente na negociada dos cuiabanos Já vinha recomendado pra ter cuidado com esse tirano
O comprador desse gado na estação já estava esperando Pra fazer o pagamento depois do embarque dos cuiabanos Soltei os bois na mangueira e gritei pros peões Já podem ir embarcando Embarquemos os pantaneiros e no mangueiro ficou o cigano
Chegou naquela cidade o grande circo sul africano Uns homens com o proprietário a respeito do boi tava conversando Insultou-me numa briga do leão feroz e o cuiabano Bati vinte mil na hora e jogos por fora estava sobrando
O circo estava lotado e dado momento estava chegando Quando as feras se encontraram eu vi que o mundo ia se acabando Uns gritavam de emoção e outros de medo estava chorando Em vinte minutos o leão assentou no chão e ficou urrando
O leão é o rei das feras Na selva ele é o soberano ai, ai Com sentimento seu dono Entregou o trono pro meu cigano ai, ai
Pollyana Horta Santos Rezende Itabira MG
Compositores: Jose Dias Nunes (Tiao Carreiro), Manoel Nunes Pereira (Manoel Nunes) ECAD: Obra #106071 Fonograma #547190