Tião Carreiro e Pardinho

Domador

Tião Carreiro e Pardinho

Pagode na Praça


No tempo que eu adomava no meu querido sertão,
Ai minha gente que tempo bão
Fechava a porteira, laçava o macho,
Botava o lombilho e o barbicacho,
Descia cantando pela serra abaixo,
No gaio da perobeira cantava um gavião penacho

Arriscava a minha vida pra montar em qualquer pagão,
Ai a morena no portão, morena bonita do cabelo cacho,
Da cintura fina mais linda eu não acho,
Nós dois conversava lá no riacho,
Na hora da despedida soluçava nos meus braços

Eu sempre fui divertido pra gostar de um função,
Ai sempre fui bom folgazão,
Eu entro na sala com desembaraço
Tocando e cantando com a viola no braço
As moda que eu é eu mesmo que faço,
Na hora que eu estou cantando coração duro eu não acho

Me recordo com saudade daquele meu tempo bão,
Ai eu sei que não vorta não, eu sou animado em tudo que faço,
Preciso de me ir não encontrar fracasso,
No braço da viola sou liso nos traço,
Esses peito já cansados já foi dois peito de aço

Compositor: Adauto Ezequiel (Carreirinho)
ECAD: Obra #47124546

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