Tião Carreiro e Pardinho

Furacão

Tião Carreiro e Pardinho

Duelo de Amor


Já cansei de ser tapete/ Já cansei de ser capacho
Já cansei de andar apanhando/ Já cansei de andar por baixo
Cansei de ser bananeira/ Que morre prá dá o cacho
Cansei de ser passarinho/ Vou virar gavião penacho.

Nasci no grito do estábulo/ No estalo do chicote
Já cansei de ser madeira/ Agora virei serrote
Cansei de ser boi de carro/ Levo a canga no cangote
Agora já virei cobra/ E não vou errar o bote.

O osso que eu roía/ Já virou filé mignon
Já fui tropa de rodeio/ Agora virei peão
Fui boiada muito tempo/ Agora virei ferrão
Já cansei de ser carneiro/ Agora virei leão.

Carneiro vive cem ano/ Todo mundo tendo dó
Eu prefiro ser leão/ E viver um ano só
Quero ser um galo índio/ Que briga e rola no pó
Galo indio briga e manda/ Prá panela o carijó.

Meu cavalo é um pé de vento/ Quando corre é um furacão
Meu arreio é um cutiano/ Fiz do couro de um dragão
O cabresto é um par de rédea/ São três cobras do sertão
Meu chicote é uma cascavel/ E o veneno está na mão.

Compositores: Lourival dos Santos (Lourival Santos), Jose Dias Nunes (Tiao Carreiro)
ECAD: Obra #1153685 Fonograma #311255

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