Tião Carreiro e Pardinho

Irmão do Ferreirinha

Tião Carreiro e Pardinho

Boi Soberano


Na cidade de pardinho no jornal foi anunciado
Vai haver um grande rodeio e o povo foi convidado
Lá chegou um potro famoso que um peão tinha matado
Pra quem guentasse seus pulos dez contos tá reservado

Quando eu li essa notícia o coração quase parou
Por saber que o ferreirinha esse potro que matou
Perdido pra'queles campos mais bardoso ainda ficou
Pra mim foi um desafio a notícia que chegou

Dez conto é muito dinheiro mas vale a vida minha
Lembrava no acontecido, mais coragem eu ainda tinha
Mandarei fazer uma campa com esse dinheiro que vinha
É o derradeiro presente que eu darei ao ferreirinha

Imaginei a noite inteira e resolvi ir pro rodeio
Quando eu cheguei no povoado o negócio tava feio
O potro tinha jogado mais de seis peão do arreio
Parecia inté o demonio bufando e os olhos vermeio

Quando vi o redumão reconheci sem demora
Saltei em pelo no bicho com fé em nossa senhora
O potro caiu três vez sangrando na minha espora
Dei o derradeiro pulo, no prazo de meia hora

O povo bateram palma com a vitória que era minha
Trouxe o potro no palanque e fui buscar o prêmio que eu tinha
Perguntaram por meu nome e o lugar de onde eu vinha
Eu vim lá do espraiadinho, sou irmão do ferreirinha

Compositores: Adauto Ezequiel (Carreirinho), Teddy Vieira Azevedo (Teddy Vieira)
ECAD: Obra #19752 Fonograma #257188

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