Minha História de Amor
Foi na festa da fazenda
Do seu coroné Janjão
Que eu conheci minha Rita
Formosa como um botão
Seus olhos preto me olharam
Senti meu corpo a tremê
Não foi preciso mais nada
Pra nóis dois se compreendê
(“Como eu era cantadô afamado do sertão
Logo todos me pediram a Saudade do Matão”)
Neste mundo eu choro a dor
Por uma paixão sem fim
(“Num canto a Rita chorava
Fui logo saber por que
Não é por nada, responde
É de orgulho de vancê”)
Sempre gostei de ser livre
Levando a vida a cantá
Mas ali mesmo com a Rita
Eu combinei me casá
Mas Deus não quis que assim fosse
Não quis vê a nossa alegria
Uma semana depois
A minha Rita morria
(“E no seu leito morrendo
Apertando a minha mão
Me pediu, cante baixinho
A Saudade do Matão”)
Neste mundo eu choro a dor
Por uma paixão sem fim
(“Não pude mais continuá
Embaçaram os olhos meus
Olhei chorando pra Rita
Ela já estava com Deus”)
E hoje sempre que escuto
A Saudade do Matão
Parece que eu vejo a Rita
Deitada no seu caixão
Toda vestida de branco
Como querendo dizê
Não foi nada, vou contente
Orgulhosa de vancê
(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)
Compositores: Adauto Ezequiel (Carreirinho), Armando Rosas
ECAD: Obra #2528698 Fonograma #663466Ouça estações relacionadas a Tião Carreiro e Pardinho no Vagalume.FM