Tião Carreiro e Pardinho
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Versos Aos Pés do Homem

Tião Carreiro e Pardinho

A Majestade "O Pagode"


Deixei distante a família pra vir a brasilia senhor presidente
Conduzido por um tema que um sério problema que acaba com a gente
Minha bagagem é o fracasso mais trago um abraço dos amigos meus
Deixei toda a santaiada e fiz a jornada pra falar com Deus

Por não marcar audiência com sua excelência se eu for barrado
Alguns dos seus constituintes que são meus ouvintes transmita o recado
Não peço terra de graça mais que algo faça pra isso que venho
Por uma ajuda de custo não sei se é justo perder o que tenho

Quando eu colhi meu café eu até pensei em ser um bom começo
Mais como foi tabelado eu fui obrigado a vender no seu preço
Somente as terras que haviam de por garantia no financiamento
Foi quando veio à geada e na área plantada colhi dez por cento

O banco quer minhas terras já tombei na guerra na luta grosseira
Para salvar meu futuro é que senhor procuro por minha trincheira
Mesmo o gerente do banco mostrava ser franco e meu grande amigo
Com esta queda maldita agora ele evita de falar comigo

Minha herança da roça é essa mão grossa que trago por prova
Creio senhor presidente ser eficiente à república nova
Pensava em ser tão feliz e tudo eu fiz para não perder o nome
Mais a minha fé se alicerça com essa conversa aos pés do homem

Compositores: Jose Dias Nunes (Tiao Carreiro), Geraldo Aparecido Borges (Geraldinho)
ECAD: Obra #28321 Fonograma #535755

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